O beijo do tinto Judas argentino

Na semana passada investiguei sobre vinhos em Hong Kong, China e Ásia. O produto foi uma nota que publicou AFP. Um jurado com membros provenientes de dez países asiáticos elegeu um tinto argentino chamado Judas como o melhor vinho para acompanhar o Pato Pekín.

É certo que vários vinhos do mundo sairam premiados no marco da Feira Internacional de Vinhos e Bebidas Alcóolicas de Hong Kong, este prêmio é particularmente relevante. O Pato Pekín pertence à cozinha imperial chinesa e se criou, literalmente, para os imperadores. Tem um processo de cozinhado muito longo e complexo que requer no mínimo um dia inteiro, ou seja, mais de 24 horas. A qualidade do pato e a preparação é algo que também é fácil de notar no paladar. Uma vez que se provou um bom pato, não tem jeito, não tem volta atrás. Não se pode tornar a comer este prato fora da capital chinesa, o lugar com amior tradição detrás desta especialidade. Judas competiu com vinhos chineses, asiáticos e do resto do mundo. Mas depois de entrevistar Sebastián Olalla, diretor de exportações da vinícola que produz Judas, fica claro porquê um prato tão especial se combina com um vinho tão particular.

Segundo Olalla as uvas para este vinho vêm de um vinhedo muito antigo que produz pouca fruta com características especiais. As uvas se colhem fora de época e se selecionam de forma muito estrita. Logo depois, o processo de fermentação também segue uma série de passos que o separam do comum dos vinhos. Olhando a preparação do vinho e da comida não chama a atenção que paladares conhecedores tenham encontrado algo em comum. Por seu lado, os chilenos estão buscando uma nova estratégia de colocação de seu produto. Agora deixam de ser um vinho “bom e barato” para passar a ser “bom e caro”. Um executivo de origem belga que trabalha nesse país, me explicou como estão fazendo. Isso também está na nota de AFP no link de cima. Uruguai se apresentou na mesma feira. Com modéstia, despertou o interesse dos importadores locais que se aproximaram para conhecer o produto desse país. No jornal Perfil de Argentina também publicou uma versão de meu trabalho. Esta nota gerou uma alto impacto em jornais e blogs, blogs e mais blogs durante o fim de semana passado. A notícia recorreu a internet e também chegou a uma rádio mexicana. Esta é uma felicitação a todos os empresários sul-americanos que fazem uma excelente tarefa no distante Oriente. É certo que em todo o caso, esta parte do mundo representa 10% dos negócios das vinícolas do continente austral, o agir de uruguaios, chilenos e argentinos demonstra a visão a longo prazo e o profissionalismo destes homens de negócios.

https://tiananmen360.wordpress.com/2009/11/09/el-beso-del-tinto-judas-argentino/